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Café BRS Ouro Preto é garantia de renda e valor em Silves no AmazonasCafé BRS Ouro Preto é garantia de renda e valor em Silves no Amazonas

Publicado em 12/06/2017, Por Assessoria de Imprensa

Mais de 140 pessoas participaram do Dia de Campo sobre a implantação da cultivar de café conilon BRS Ouro Preto no município de Silves (AM).  O evento, realizado no dia 09, na sede da Associação Solidariedade Amazonas (ASA), detalhou dados sobre a produção da Unidade de Observação (UO) instalada no local, bem como informações sobre o manejo das variedades clonais da cultivar BRS Ouro Preto. O Dia de Campo foi promovido pela Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa Rondônia e ASA, com apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Prefeitura Municipal de Silves e Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror). 

A BRS Ouro Preto é uma cultivar de café conilon desenvolvida pela Embrapa Rondônia, com boas características agronômicas e agroindustriais para a Amazônia Ocidental. Para o coordenador do Dia de Campo e da UO, pesquisador Edson Barcelos, os dados iniciais da primeira colheita realizada apontam que o café conilon BRS Ouro Preto pode ser uma boa alternativa para produtores da região de Silves e de outras partes do estado do Amazonas. Segundo o pesquisador, a expectativa era que essa primeira safra gerasse em torno de 40 sacas de café por hectare, mas a produtividade chegou a 60 sacas/ha. O produtor da ASA, Roque Pereira Lins também está otimista com os resultados. “Tentamos anteriormente implantar a cultura do café, mas não tivemos bons resultados. Depois de conhecermos o BRS Ouro Preto em Rondônia, buscamos essa parceria para avaliar a produção aqui e o resultado está sendo muito bom. Não só os produtores da associação, mas outros da região já estão interessados em produzir”, destacou o produtor. 

Durante o Dia de Campo, os participantes acompanharam em quatro estações informações sobre a implantação das lavouras, manejo das plantações, colheita e pós-colheita e dados sobre a viabilidade econômica do café conilon BRS Ouro Preto. Na primeira estação, o pesquisador da Embrapa Rondônia Denis Cesar Cararo abordou a implantação de lavouras de café conilon. Segundo ele, o aspecto inicial a ser observado é a escolha do local, dando preferência para áreas planas ou pouco onduladas. Cararo ressaltou também a importância de realizar uma análise do solo da área que será cultivada, com o objetivo de fazer uma adubação correta. “Na Amazônia, em geral, os solos possuem pouca matéria orgânica. Por isso é preciso repor os nutrientes de forma correta para um bom desenvolvimento das plantas”, salientou.

Já o pesquisador Marcelo Curitiba Espíndula discorreu sobre o manejo do café conilon BRS Ouro Preto. Na sua apresentação, Espíndula ressaltou que o recomendado é utilizar a maior quantidade de variedade clonais da cultivar, visando dar maior estabilidade à produção e propiciando uma polinização mais segura. Ainda segundo o pesquisador, um aspecto importante é a poda dos galhos depois da colheita dos grãos. “É a poda desses galhos que vai garantir uma nova safra no ano seguinte”. Espíndula explicou que após a terceira safra é necessário fazer um desbaste das hastes que dão sustentação aos galhos, ressaltando que seguindo essas recomendações a planta de BRS Ouro Preto se mantém produtiva por pelo menos 15 anos.

As fases de colheita e pós-colheita foram abordadas pelo pesquisador da Embrapa Rondônia João Maria Diocleciano. De acordo com ele o recomendado é que a colheita seja feita quando 80% dos grãos estejam maduros, aumentando a produtividade e a qualidade da produção. Diocleciano salientou também que o plantio de clones em linha pode facilitar o processo de colheita, uma vez que o amadurecimento acontece de forma mais uniforme. “Outro fator importante é levar o mais rápido possível os grãos para o processo de secagem, seja ele em sacadores mecanizados ou em terreiros. Com isso, se evitam perdas da produção por causa da umidade”.

Na quarta estação foi apresentado estudo da viabilidade econômica, apresentada pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental José Olenilson Costa Pinheiro. Segundo levantamento, o custo para a implantação de uma lavoura de café conilon, incluindo os gastos com sistema de irrigação, é amortizado já na segunda safra. Pinheiro disse ainda que a produtividade média de café no estado do Amazonas é de 15 sacas/ha, e que a estimativa de produção da cultivar BRS Ouro Preto é de 40 sacas na primeira safra, 70 na segunda e 110 na terceira. “Com a utilização das tecnologias e recomendações da Embrapa é possível otimizar as áreas agrícolas do estado e, com isso, aumentar a renda do produtor”. 

 







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